domingo, 8 de novembro de 2009

POLIAMOR


A prática que desafia a monogamia

POLIAMOR É UM NOVO MODELO DE RELAÇÃO

Relações múltiplas, simultâneas e consentidas. Não é só sexo. Sexo e afecto. Amores múltiplos. Poliamor. Um conceito novo para uma prática que sempre terá existido e que desafia um dos tabus maiores da nossa sociedade: a monogamia. Uma nova forma de conjugalidade, sem exclusividade afectiva e sexual e com igualdade de direitos. O que significa que não há lugar para traições, ilusões ou infidelidades. Porque ninguém é enganado.
Não se trata de apenas sexo, como acontece com o swinging ou a infidelidade sexual consentida, em que os envolvimentos emocionais estão proibidos. No poliamor (ou polyamory), a afectividade é a dimensão mais importante.
"O poliamor retira o peso excessivo ao sexo", E acrescenta: "O mandamento da monogamia, da exclusividade, é substituído pelo mandamento da honestidade: não pode haver ninguém enganado".
Difere também da poligamia - prática em que um dos cônjuges (normalmente o homem) tem vários parceiros - pela democratização dos direitos. "A não fidelidade masculina era socialmente aceite, enquanto a infidelidade feminina sempre foi, e ainda é nalgumas culturas, severamente punida. O poliamor é uma estratégia de democratização das relações íntimas", Não se sabe quantos poliamorosos existem em Portugal. A introdução do conceito, no nosso país, é relativamente recente. Neste modelo, não são os papéis de género que organizam a relação nem é a tradição que regula o que é ou não permitido. "É uma proposta com o objectivo de libertar as pessoas de formas de relacionamento que as limitam",
"o ser humano não é monogâmico ou polígamo por natureza". "É a socialização que nos ensina a forma de pensar e seleccionar os sentimentos, levando-nos a reprimir ou a permitir certo tipo de emoções"
"Quase todas as pessoas já sentiram emoções por várias pessoas ao mesmo tempo. Mas, o que normalmente acontece é a pessoa colocar-se em causa, considerando que há algo de errado consigo ou com a relação que tem. E, como é socialmente condenado, acaba por escolher um dos sentimentos",Este é o comportamento mais habitual, o que não significa que seja o mais saudável. "Tudo o que traga liberdade aumenta a saúde mental",o que causa problemas é o "amor dependente". Ou seja, "esperar que o outro nos complete e seja tudo para nós".Trata-se, porém, de uma opção que não é fácil de assumir. Colocar em causa a monogamia é encarado como um ataque à instituição do casamento e espoleta reacções extremas.
Mas será que as novas formas de conjugalidade são uma ameaça social? "O poliamor é uma alternativa de estilo de vida, um outro modelo de relacionamento. Não ameaça nem substitui o que já existe.

Eu pertenço aquele leque de pessoas que acredita e prefere a monogamia!
mudam-se os tempos mudam-se as vontades.

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